quinta-feira, 3 de junho de 2010

Amigos

São eles, junto com a nossa família, que nos faz superar os momentos difíceis. Recebi várias mensagens nos últimos dias, mas duas delas me chamaram especial atenção. Sem querer desmerecer toda a manifestação que tenho recebido das outras pessoas, reproduzo aqui a mensagem de dois amigos. Uma é do Zé Fernandes (não sei se posso chamá-lo assim) e a outra do amigo Alexandre Marinho, as quais reporduzo aqui. Ao mesmo tempo, agradeço a vocês dois, e a tantos outros que prefiro não citar aqui, pois são muitos. O apoio de todos vocês ajuda a me reestruturar dia a dia, de uma forma tão especial que vocês nem podem imaginar.

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Prezada Prefeita Judith Valéria,

Permita-me tratá-la por você. Porque você NÃO é tratamento diminutivo. Chamo-a de você, muito respeitosamente. Se eu fosse fazer-lhe uma saudação, em praça pública, evidentemente, não a trataria por você. Mas aqui, até mesmo para facilitar o encaminhamento da mensagem, permito-me chamar-lhe de você, com apreço, respeito e admiração.

Em sua nota, você diz que DEUS vai ajudá-la. E DEUS vai ajudá-la sim, como sempre tem ajudado. Se você tem o carinho dos seus familiares e de amigos próximos, isso é prova do seu merecimento e da sua inteireza de caráter. Coisas que já estão demonstradas na prática do seu dia-a-dia.

Aceite, também, a solidariedade e o reconhecimento dos amigos que não são próximos, como esse escriba que lhe tecla estas linhas. Quanto aos seus opositores, que querem ver “o circo pegar fogo”, o povo saberá julgá-los em breve, ou em futuro próximo. Ninguém atira pedras em vão.

Os derrotados irão fazer de tudo para abater o seu ânimo. Tentarão sempre reduzir o seu equilíbrio emocional. Mas NÃO vão conseguir, porque você NÃO está sozinha! Você está com DEUS, com os seus familiares e amigos - próximos ou distantes - e com maioria substancial do povo que lhe elegeu.

Relativamente à sua saúde, só você, juntamente com os seus familiares mais próximos, e com os amigos, igualmente próximos, saberá avaliar a necessidade de ajuda médica. Contudo, é possível, na maioria das vezes, a gente usar a prescrição médica, juntamente com o exercício das atividades diárias.

Muitas vezes, a vontade de vencer certas resistências contra nós, ajuda-nos a encontrar forças para continuar um trabalho começado com toda a disposição de acertar e de fazer o melhor possível. Assim sendo, só quem está vivendo certas contingências, sabe decidir o que deve ser feito. De minha parte, quero o melhor para você. Do mesmo modo que quero o melhor para Bom Conselho. Então, concluo que o melhor para Bom Conselho, seria e será a sua permanência no cargo de prefeita, como você decidiu anteontem.

Nada obstante, a saúde é o nosso bem maior. Saúde nos traz bem-estar. E bem-estar, associado a trabalho, culmina com a alegria do dever cumprido.

QUE DEUS A ILUMINE POR TODA A SUA VIDA! E LHE DÊ SEMPRE CORAGEM PARA ENFRENTAR OS SEUS ALGOZES, SEM ÓDIO E SEM MEDO!

É isso. - Abraço, extensivo a toda a sua equipe de trabalho e a tantos outros mais que lhe ajudam e lhe compreendem nessa e noutras horas.

José Fernandes Costa - jfc1937@yahoo.com.br
03.06.2010

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SEGURA FIRME, PREFEITA JUDITH

Ontem, antes de dormir, resolvi dar uma olhada em alguns blogs da cidade e da capital, e fiquei muito triste com a notícia de que Judith teria renunciado ao mandato de Prefeita de Bom Conselho.

Hoje, ao acordar, corri para dar uma nova olhada nos blogs e fiquei muito feliz ao perceber que tudo não passava de um mal entendido. Que bom!

Fico feliz porque Judith Alapenha representa muito não apenas para Bom Conselho, mas para toda a região agreste meridional de Pernambuco. Ela é um símbolo de mudança. Ela representa uma luz no fim do túnel, porque uma das principais razões para o atraso de nossa região é justamente a falta de renovação, de novas lideranças, de mudança política.

Ainda vivemos aqui sob o regime de feudos onde grupos rivais se revezam no poder, mas quase sempre mantendo as velhas e repugnantes práticas políticas e administrativas. E com isso a região não avança, ou avança a passos de tartaruga.

E quando falo em renovação, não me refiro apenas à idade biológica, mas a pessoas que estejam dispostas a assumir uma postura ética, a adotar modernas práticas de gestão, a valorizar e capacitar os servidores públicos, a ousar e mostrar à população que ser prefeito não é apenas fazer calçamento, praça e pintar meio-fio, mas que precisa ter o olhar de médio e longo prazo para antecipar o futuro e tomar as medidas necessárias para alicerçar o desenvolvimento econômico da cidade...

É inegável que Judith é uma pessoa do bem. Então, se ela é do bem, quer acertar, quer agir com honestidade e quer melhorar sua cidade, porque vamos torcer contra uma pessoa dessas? Nós temos mais é que torcer pelo seu sucesso.

Lá por volta do século XV um dos maiores teóricos da arte de governar, Maquiavel, cujas idéias têm sido distorcidas pela história, já analisava as dificuldades enfrentadas por governantes como Judith. Ele se referia aos novos príncipes, pessoas que assumiam o Governo sem ter raízes (serviços prestados e vínculos políticos) no território governado. As pressões e a torcida do contra são as maiores possíveis, porque as velhas raposas e os que perderam os privilégios tentam minar a todo custo as ações do novo dirigente, para, diante do fracasso deste, retornarem gloriosos ao Poder que lhes foi tomado. É uma das mais clássicas jogadas políticas.

Aqui em Garanhuns passamos por isso durante a gestão de Bartolomeu Quidute, que foi a grande zebra das eleições de 1992. Comemos do pão que o diabo amassou.

Maquiavel dizia que para alguém chegar ao Poder (e mantê-lo) precisa de duas coisas, cada uma representando 50% em grau de importância: virtù e fortuna. Embora sejam palavras de difícil tradução, chegamos perto quando as traduzimos como virtude e sorte. Sorte são as circunstâncias favoráveis, a oportunidade que Judith teve de chegar ao Poder. Virtude é a capacidade de fazer as coisas acontecer, de transformar sonhos e planos em obras e ações.

Judith já tem 50%, que é a sorte. E não é possível que ela não tenha 25% de virtude. Só faltam, portanto, mais 25% pra ela acertar o Governo e reverter a situação, que hoje lhe é desfavorável.

É claro que não existem soluções simples para problemas complexos, mas sou capaz de apostar que as dificuldades que ela passa por lá, são as mesmas enfrentadas por 9 em cada 10 prefeitos do agreste (inclusive aqui em Garanhuns), e, quem sabe, por boa parte dos prefeitos brasileiros:

1) Falta planejamento. Ainda não criaram o hábito de identificar e perseguir as 4 ou 5 prioridades em cada pasta: infraestrutura, saúde, educação, agricultura, assistência social... é o que chamamos de planejamento estratégico. Geralmente, se deixam levar pelas pressões do dia-a-dia: consertar a ambulância, consertar o calçamento que a chuva destruiu, comprar o botijão de gás da escola - que foi furtado, passar 2 horas conversando com o vereador insatisfeito, ligar pro dono do posto que deixou de abastecer os carros da Prefeitura - por falta de pagamento, resolver os ciúmes entre secretários, responder ao radialista que o chamou de incompetente, ou seja, ficam no feijão com arroz (que leva qualquer um à depressão) e o que interessa ao município vai pro “Beleléu”. É isso o que a oposição mais quer;

2) Falta de mapeamento coordenado e profissional das lideranças políticas e pessoas de expressão na sociedade. Por melhor que seja a gestão administrativa, a Política com “p” maiúsculo, da sensibilização, da comunicação e do convencimento precisa ser feita, sob pena de se fazer uma gestão tecnicamente perfeita e sair do Poder com baixos índices de aprovação;

3) Caciques sobrando no Governo. A linha de comando tem que ser única. Além disso, se não pegar um tesourão de serralheiro, cortar os saltos dos secretários-estrela e baixar a bola dos que tratam mal a população, é o prefeito fazendo de um lado e os “assessores” desmanchando do outro.

Torço demais pela Prefeita Judith, e, aliás, tenho certeza de que ela tem admiradores em todo o agreste torcendo pelo restabelecimento de sua saúde e pelo sucesso de sua gestão. Bom Conselho é um município de grande potencial e de grande importância para o agreste meridional. Com o acerto do Governo de Judith todos nós agrestinos só temos a ganhar.

Nós, aqui em Garanhuns, devemos muito ao povo de Bom Conselho. E não apenas porque são importantes para o crescimento de nossa economia, mas porque com eles temos vínculos afetivos profundos: figuras ilustres e não ilustres de nossa cidade, entre elas Nivaldo Azevedo, Ielma Lucena, Tim Maia e tantos outros (que nem conheço) têm dado uma grande contribuição ao desenvolvimento de nossa cidade.

Que Deus ilumine Judith e o povo de Bom Conselho.

http://blogdoalexandremarinho.blogspot.com/2010/06/segure-firme-prefeita-judith.html

Um comentário:

  1. Agradeço, aqui, à prefeita Judith, pela deferência demonstrada relativamente à minha pessoa. E por ter transcrito as minhas palavras, neste blog oficial. E a nossa prefeita Judith, ainda diz não saber se pode chamar-me de Zé Fernandes! Mas claro que PODE. E por que iria ser diferente? Para mim, isso é mais uma distinção, pelo que renovo os agradecimentos.

    A você, Judith (será que lhe posso chamar assim?), só desejo que DEUS mande retirar as "pedras" do seu caminho. NÃO, as pedras das nossas estradas, ou das nossas ladeiras. Mas as "pedras" que são postas por pessoas invejosas e gananciosas.

    E preste bem atenção nas palavras do Alexandre Marinho. Especialmente no tocante a Nocolau Maquiavel, que viveu no século XVI. Naquela época já existiam as mesmas maldades no meio político. E Maquiavel sabia das coisas, porque viveu no meio dessa maldade dos "poderosos". E são os poderosos que sempre puxam o tapete dos principiantes. Só para ver a queda dos que se propõem a fazer melhor. - Assim, "um olho na missa e o outro no padre"./. - José Fernandes Costa, jfc1937@yahoo.com.br

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